Efeméride da ilusão.


Eis aqui o Natal.
Eis aqui o irracional
De uma data tão especial.
Eis aqui o sentimento
Em forma de capital.
Eis a hipocrisia,
A demagogia,
As palavras pronunciadas com heresia.

Eis a efeméride da ilusão.
Seja você cristão ou não.
Eis o profano pronunciando votos de felicidades.
Eis o plebeu em forma de burguês
Vivendo sonhos de insensatez
Graças a um salário aditivado
Que recebera no fim mês.
Eis o ateu falando bem de Deus.
Eis o cristão se embriagando
Em nome desse mesmo Deus.

Eis os que mal se falam
Mas agora se abraçam e se confraternizam
Celebrando a natalina falsidade.

Eis os religiosos mundanos
Que remetem-se a atos insanos
De um natal profano.

Eis a felicidade da criança,
Mesmo que ilusória,
Ardilosa e fantasiosa.

Ao menos isso!
Mas será só isso?

Eis de fato a redenção.
O momento é mágico
Mas a real magia se perde
Em presentes sem expressão
Laçados a enganação.

O ator principal
Está travestido de vermelho
Enquanto o aniversariante está de escanteio.
Creio eu, nada satisfeito
Com a festa que armaram pra ele.

BrunoricO.

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