Desordem e regresso.


As rajadas estridentes
Rasgam o céu fosco,
De poucas estrelas.

Hoje o brilho está
Na ponta do fuzil.
É a rebelião que o país
Fingiu que não viu,
Mas mesmo assim
Ela emergiu.

Cordeiros foram jogados,
Sem qualquer tipo de seleção,
Num enorme e fétido covil,
E feras ardilosas foram
Relançadas a candidatura
Da presidência do Brasil.
Pasmem:
Ainda teve gente que aplaudiu.

Mas em plena luz do dia!
Grita a velha senhora,
Depois de ter sido assaltada
Por um delinquente juvenil.
Mas oras, foi essa mesma
Senhora, que a candidatura
Da presidência,
Sordidamente aplaudiu.

Que ironia do destino,
Quem cria o monstro
Se diz vitimizado,
Mas o menor abandonado
É tratado como culpado,
E ainda é apontado
E execrado como o pior
Dos condenados.

Êta povo desbaratado,
Hipócritas que entregam
O seu país a qualquer
Engravatado acanalhado,
Ou quando não,
A qualquer burguês degenerado.
Gerando assim,
A revolta do derrotado
E a ira do desafortunado.

Mas quem será o próximo alvejado
Nessa terra que vive em guerra?
E uma guerra onde só
Encontramos derrotados.
Quando as pessoas se
Conscientizarão que
O reflexo do espelho
Está menos para inocente
E muito mais para culpado?
Quando a polícia
Deixará de ser o braço
Sujo do Estado?

Precisamos de um novo
Operário barbado,
De animo renovado,
Mas que esse, seja um pouco
Menos dissimulado.

O coração de muitos já está petrificado,
A esperança já foi lema de bandeira,
Hoje, não passa de passado.

BrunoricO.

2 comentários:

Aline A. disse...

o título é meio clichê, mas o tema que vc abordou deixa mesmo qualquer poesia comum, apesar de que nas suas palavras tem um toque essencial de vitalidade...

beijo querido =]**

Marco Alexandre de Oliveira disse...

Sou o poeta que desenhou a imagem que você utilizou. Fico contente que a minha ilustração tenha servido para a sua criação ...

Aquele abraço,

gringocarioca

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