Só e só!


Na companhia
De sons emudecidos
Comunico-me
Comigo mesmo,
Respeitando o silêncio
Imposto pelo ser
Oposto que não
Se faz presente.

Caminhando em forma de nó
Vou sonhando só
E evoluindo de ré
Em meu mundo sem fé.

Ao caminhar
Ouço somente os passos
De um andar
Mais do que familiar.
Formo comigo mesmo
Um casal sem par
E um relacionamento
Egocêntrico mais do que peculiar.

Amo-me como
Jamais amaria outro ser.
Sonho em ser o que sou
E não com o que nunca
Poderia ser ou ter.
Abandono-me
Quando esqueço
De mim e penso em ser
O que não preciso ser,
Isso ocorre em momentos
Em que me escapa a lucidez,
Pura insensatez!

Não sei pra quê.
Não sei por que
As pessoas choram por pessoas.
Se a pessoa por que choras
Não passa de um personagem
Sem bagagem, sem alma
E sem coragem.

Prossigo na estrada singular,
Sempre me escondendo
Das companhias que insistem
Em me encontrar, com o intuito
De nada me acrescentar.

BrunoricO.

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