É virose!


Nesta semana um novo vírus atingiu níveis alarmantes no país Fuleco, ops, do Fuleco, (desculpe pelo erro).
Este vírus veio para mudar a patologia de alguns brasileiros, vistos como hospitaleiros, festeiros, simpáticos, bons anfitriões, enfim. Brasileiro gosta de ser visto assim, e algumas pessoas que moram fora do país realmente acham que todos os brasileiros são assim, e de fato a maioria mais sofrida possui esta arte, a arte de sorrir sem ter o porquê; isso é um dom, uma dádiva dada a esse povo tão peculiar. Pois se não fosse isso, como explicar o sorriso do catador de latinha contraponto a sisudez do engravatado que se arrasta pelo centro da cidade?
Mas alguns detectores de viroses (não, eu não os chamarei de médicos!), daqueles bem engomadinhos, de jaleco alinhado, estetoscópios brilhantes, cabelinhos na gomalina e mais um monte de pompa, resolveram jogar na lama a máxima do brasileiro hospitaleiro; oras, por onde anda o famigerado padrão FIFA numa hora dessas?
Bem que minha mãe sempre me diz que esse mundo já está perdido, afinal de contas, onde já se viu brasileiro vaiando e hostilizando estrangeiros que vieram para ajudar o país?
Só tem um adendo, os hostilizadores são médicos, os hostilizados também são médicos, porém são cubanos, socialistas e comunistas de merda, seres inferiores, a maioria não bebe Coca-Cola e não come Big Mac, idolatram um velho barbudo que não é o Lula, são seres rústicos, anormais, possuem qualificação inferior (como se as nossas faculdades fossem filiais de Harvard). Enfim, este é o pensamento enraizado no preconceito, no racismo e na xenofobia destes detectores de viroses, que ainda se intitulam brasileiros. Mas que brasileiro é esse que só pensa em si, no seu bolso e na sua conveniência? Pro interior eles não querem ir, esquecem-se que nosso país é um gigante. Em cidades mais remotas ainda possuímos um médico para milhares de habitantes, acredite, isso ainda acontece em pleno 2013, ano de pré Copa.
O nosso sistema de saúde já respira com ajuda de aparelhos há anos, a situação é mais do que lastimável, pessoas estão perdendo entes queridos por falta de uma estrutura mínima de trabalho. Lógico que os detectores de viroses devem cobrar melhorias de trabalho, mas receber um colega de profissão da forma que eles receberam é totalmente vergonhoso.
Então que venham os cubanos, os chicanos, os hermanos e principalmente os seres mais humanos, pois vindo com boa vontade todos serão bem vindos, pelo menos por mim, pois não terei receio nenhum em ser tratado por um médico cubano, muito pelo contrário, pois se o diagnóstico for virose - como o de costume - pelo menos ele virá com um sotaque diferente, só para dar um charme.



Confira abaixo a matéria e o vídeo com a recepção dos detectores de viroses:



Agora veja como agem alguns dos detectores de viroses espalhados pelo Brasil:

 




Um sonho realizado.




Pra quem ainda não sabe, o meu primeiro livro já está a venda. É a realização de um sonho antigo que finalmente se concretizou, apesar das inúmeras dificuldades, mas a vida é isso aí, pra alguns as conquistas vem de escada e para outros de elevador, faz parte, só não podemos desanimar, se acreditamos em algo temos de ir até o fim.
Quem quiser ajudar a divulgar eu agradeço de coração, até porque o livro só está sendo vendido pela internet e a publicidade está sendo feita por aqui mesmo.
Agora eu vou colocar algumas informações a respeito do livro, e alguma coisinha sobre mim também, pra quem está começando a conhecer o meu trabalho agora. Desde já muito grato a quem está comigo nessa caminhada.


O LIVRO: Baseado na letra "O menino do morro" do grupo de rap Facção Central, este livro narra em primeira pessoa a trajetória de Julinho Faixa, um mito invisível do narcotráfico brasileiro, que nasce pobre na cidade de São Paulo, cresce no morro com mais sete irmãos, e para variar, todos são filhos de mãe solteira, ou seja, uma família bem típica deste país. Porém a trajetória de Julinho Faixa não foi nada típica. Após se cansar de passar humilhações e dificuldades na infância, ele se revolta, entra com tudo no mundo do crime, e ainda bem jovem se transforma em um grande talento do tráfico local.
Julinho era diferenciado, tinha tino visionário, tinha planos, e o principal: tinha dom para o negócio.
Com o passar do tempo o talento para o crime foi se aprimorando, ele acabou conhecendo pessoas certas nos momentos certos, e em poucos anos Julinho Faixa já era um dos maiores traficantes de drogas do Brasil, e o melhor, ninguém o conhecia como tal, pois ele vivia sob um esquema que o blindava, e o fazia andar imune nas ruas, como um mero empresário.
Mas conseguir tudo isso não foi fácil. Adquirir poder, status, influência política e a onipotência de um Deus, não foi tarefa simples para o menino mirrado que na infância andava com agasalho rasgado e era obrigado a caminhar em um chão de barro durante uma hora para poder estudar. Todas essas dificuldades moldaram um homem invisível e extremamente poderoso, que manda e desmanda no país, e que subiu à custa de muito sangue, a tão sonhada escada para a primeira classe.

O AUTOR: Bruno Rico é carioca, entende-se como escritor desde criança, mas foi em 2003 que tomou gosto por colocar seus pensamentos no papel (ou melhor, na internet), quando criou seu blog Mundo do rap (www.mundodorap.blogger.com.br), onde colocava crônicas a respeito de letras de rap, informações e notícias a cerca do universo deste gênero musical.
O tempo foi passando, o senso crítico foi aumentando, e a gama de textos do escritor só foi se ampliando. Bruno Rico foi de cronista a poeta, de poeta a contista, até ousar bastante e resolver escrever o seu primeiro livro. No meio disso tudo outro blog também surgiu, este vinha com um propósito mais amplo, e não apenas voltado para o público do rap; e foi no Sentimento crítico (www.sentimentocritico.blogspot.com.br) que as palavras poéticas se tornaram cada vez mais fortes e profundas.
Bruno Rico pode ser definido como um escritor inquieto, contestador nato, que tenta mostrar através das palavras o inverso do que está exposto, que na maioria das vezes é desconhecido ou sequer percebido pela maioria.
E foi em cima desse sentimento, aliado a toda uma bagagem de textos, que nasceu o livro "O menino do morro virou Deus", certamente o primeiro de muitos, deste escritor ousado, que surge colocando um pé na porta dessa literatura brasileira, tão segmentada, tão desigual, tão elitista e tão preocupada com conceitos, nesse mundo tão sem conceito.


Página do livro: https://www.facebook.com/omeninodomorroviroudeus 

Compre já o seu: http://www.perse.com.br/novoprojetoperse/WF2_BookDetails.aspx?filesFolder=N1375029074059