Poesia vendaval.



Preciso de ti,
Mesmo se vieres sem muito ardor,
Ou se tirares de mim
Algo que antes eu estimava com um demasiado valor.

Mesmo que queiras desprender-se
Do meu cotidiano,
Saibas que cometerás um copioso engano,
Pois já corres em minhas veias
Feito água pelo cano.

Preciso de ti,
Mesmo que apareças
Sem ser o que esperavas ser.

Preciso de ti para balançar
As árvores podres
Que fizeram raízes
Em minha alma,
Para que assim, as folhas secas
Caiam de cansaço,
Fazendo com que a minha vida renove-se
Mais uma vez com o seu abraço.

Preciso de ti,
Ó amada, aclamada
E visceral poesia vendaval.
Venha ajustar as velas
Do meu rumo,
Venha ser o raio de esperança
Em um dia de temporal,
Daqueles que até a chuva perde o prumo.

Bruno Rico.

Hoje é o dia nacional da POESIA, parabéns aos poetas que fazem esse mundo ser um pouco mais suportável, com seus devaneios em forma de versos.
E em homenagem a este belíssimo dia eu escrevi estes ventos poéticos.


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