Somos todos artistas.






Ela se equilibra
majestosamente
no balanço do trem.

Ele caminha sorridente pelas ruas
da cidade que só lhe dá desdém;
ainda carrega no bolso
 o de sempre: nenhum vintém.

Ela faz mágica
com um salário defasado
e ainda cria os filhos sozinha,
sem o auxílio de ninguém.

Ele está desempregado,
desarrumado,
desalentado,
desarranjado,
mas ainda diz amém,
porque a fé é tudo que ele tem.

Ela e ele,
ele e ela,
são todos artistas,
de um quadro sem tela.



Bruno Rico. 

*Poesia do Projeto Pause com arte.

Conheça e "curta" o projeto: http://riomais.benfeitoria.com/ideia/pause-com-arte

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