Cadê o pai?
Não tem.
Cadê o
abraço?
Não vem.
Cadê o
conselho?
Ele não deu.
Cadê a
referência do homem?
Se perdeu.
Assim
fundiu-se o desespero
criado pelo
algoz
que me gerou,
mas não me
criou,
pelo contrário,
abortou-me no
mundo.
A sorte é que
o meu mundo
se fez nos
braços dela,
a guerreira
da aquarela incolor,
aquela
matriarca
que acolheu o
que sobrou.
Sobrou dos
sentimentos dele.
Não! Não
existem sentimentos,
retire o que
disse,
que nem ele
me retirou do seu rumo.
Mas tranquilize-se,
pois por mais
que tentassem,
ninguém me
tirou o prumo.
Certo dia
acordei
no meio do
pesadelo da vida:
gritei,
esmurrei o ar,
fiz minha
alma se desbotar,
meu coração
gelar,
tentava me
salvar,
mas me
afogava na
angústia de
não me acostumar.
Mas novamente
ela veio para me resgatar,
me valorizar,
me mimar,
me fazer
entender que homem
de verdade
não destrói um lar.
E hoje eu
reflito apenas o brilho
do espelho da
pessoa
que só nasceu
para me amar.
Se não fosse
ela,
eu não iria
me salvar.
Bruno Rico.
“Daria um
filme... Uma negra e uma criança nos braços, solitária na floresta de concreto
e aço, veja, olha outra vez o rosto na multidão, a multidão é um monstro sem
rosto e coração...
...Família
brasileira, dois contra o mundo, mãe solteira de um promissor vagabundo. Luz,
câmera e ação, gravando, a cena vai, o bastardo, mais um filho pardo sem pai.”
Essa vai para
a mulher que me fez ser um homem de verdade, hoje tudo é por ela!
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