Joguei no vento
As folhas
Que continham
Os escritos do passado.
Quero escrever
Novas linhas.
Preciso colorir
Com novos tons.
Do mesmo vento
Que me desfiz do passado
Refiz-me para o presente
E preparei-me para
O futuro.
Consegui sentir
Na força da natureza
A essência da vida.
Consegui sentir
Na força do vento
A fraqueza da vida.
Entendi quão fraco
Somos ao aparentar
Uma força inexistente
Para confortar
O ego.
Não devemos nos enganar
Com a aparente suavidade
De um tempo sem tormenta.
Nem devemos nos assustar
Com as tempestades repentinas.
Devemos sim, entender
Que a natureza
Nos faz compreender
O incompreensível.
Devemos entender
Também
Que os dias de sol
E os dias de chuva possuem
O mesmo apreço.
Sol e chuva
Possuem o mesmo criador
E atingem as mesmas
Criaturas.
Se estiveres passando
Por dias ensolarados
Não se esqueça
Que uma tempestade
Repentinamente
Poderá surgir.
E se estiveres passando
Por dias de tormenta
Não se esqueça
Do brilho do sol.
Devemos crer
E entender
Que fazemos parte
De um ciclo cósmico natural,
Onde a força da natureza
Transforma um fraco em forte
E dá vida ao
Que na vida padecia.
Somos parte
Da onda que se quebra,
E do vento que do
Nada se constrói
E no nada se destrói.
Do que viemos voltaremos.
E na natureza
Eternamente permaneceremos.
Somos parte
De um todo
Que para todo
O sempre existirá.
Somos, portanto imortais.
BrunoricO.
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