O saudosista.

Observo a fotografia já gasta
Pelo ávido tempo
E relembro das coisas do passado.

Lembro da falta de modernidade
Nas cartas que escrevia
Para a amada
Durante a mocidade.

Lembro de como era mais
Simples e bondosa
A vida ainda na pacata cidade.

Lembro das belas e suaves canções
Que sempre ouvia
Em minha radiola de madeira
Nas manhãs que precediam
As tardes corriqueiras.

Lembro dos sonhos infantis,
Dos desejos juvenis
E das coisas que conquistei
E posteriormente perdi.

Lembro dos amigos da infância,
Das doces e sadias
Brincadeiras de criança.

Lembro-me como se fosse hoje
De um tempo distante
Que em nada se assemelha com o hoje.

BrunoricO.

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