Garatujas. Parte 4.




Olha eu voltando com as minhas garatujas...

No início da vida - geralmente quando estamos formando a nossa personalidade - costumamos dar mais valor para a opinião dos outros do que para a nossa própria.
Depois, para mostrar que somos descolados, e coisa e tal, costumamos dizer que não ligamos para o que os outros dizem ou pensam a nosso respeito (pura mentira, isso só ocorre para gerar uma impressão de maturidade para o outro).
E aí depois, bem depois (para alguns esse depois nem chega), passamos a CAGAR, de fato, para a opinião que o outro tem sobre a gente, e vou te falar... Isso é algo magnífico; você perceber que não depende mais da aprovação do outro para nada, representa a mais pura essência da palavra liberdade. A maioria ainda está presa no conceito do outro, do alheio, deixa de fazer tal coisa por medo do que o outro vai falar, do que o outro vai pensar, deixa de seguir a estrada X, porque o outro falou que a Y era melhor. Se vamos nos arrepender, que seja pelas próprias escolhas, e não pelas alheias.
O sentimento de autoconfiança é o principal gerador dessa liberdade plena, muita das vezes ele é confundido com arrogância, pois o outro, (sempre ele) não aceita de maneira alguma que você não dependa dele para mais nada.

Bruno Rico.

República do lixo.



Fiz uma poesia,
só que ela era um lixo.
Deixei na rua,
não levaram;
veio a chuva,
que a carregou.

A poesia entupiu bueiros,
a rua encheu,
uma criança morreu,
 o Prefeito correu,
e a pobre poesia...
Foi decretada culpada
por tudo o que aconteceu.

Bruno Rico.